Apesar do título não vou falar de política (nem de políticos), nem de outras decisões que nos afectam no dia-a-dia e que nos sacam sempre os últimos tostões do bolso.
Não, é um assunto um bocado mais light mas que me mereceu alguma reflexão -ou como dirão alguns, do tempo que tenho disponível para não fazer nada- e que gostaria de muy generosamente partilhar convosco...
Imaginem que queriam comprar 1 vinho para uma ocasião especial (ou para outra qualquer), de certeza que não iam escolher um que se chamasse "Carrascão" ou "Água tingida de vermelho" assim como ninguém (no seu perfeito juízo) alguma vez ponderaria comprar um carro (fosse de que marca fosse) cujo o modelo se chamasse "Desastre Iminente" ou "Assassino" ou "Caixão Rolante"...
Por muito que o nome correspondesse efectivamente à qualidade (ou falta dela) do produto, parece-me boa prática comercial e de marketing "maquilhar" os defeitos com nomes pomposos, coisas que entrem pelo ouvido e nos façam parecer melhores pessoas só por dizermos que comprámos isto e aquilo e aqueloutro cujo nome evoca logo heróis do passado e cavalgadas épicas rumo ao sucesso...
Nesta altura, já devem vocês (sim, porque sei que são pelo menos 2 os leitores deste espaço) estar a pensar que nunca mais desenvolvo e a imaginarem que tipo de... coisa... é que despertou tamanho interesse...
Bem, digamos que uma passagem pelo Continente ou Modelo, na área de produtos de higiene bastou...
Depois de tudo o que disse acima, e que parece ser, digamos no mínimo lógico, alguma pessoa, minimamente ciente das suas acções, iria confiar numa marca de preservativos cujo nome é:
... tan tan tan tan...
Family
Sim, leram bem... existe, pelo menos nas lojas mencionadas, à venda caixas de preservativos cuja a marca é Family...
Se bem me lembro, uma das principais ideias por detrás do uso do preservativo é exactamente a não constituição de família... (para os mais desatentos Family é em inglês o equivalente a Família em 'tuguês)... já agora podiam ter-lhe chamado Sífilis ou AIDS, que ia dar ao mesmo...
Face a isto posso concluir algumas coisas:
- O gajo que se lembrou do nome era um estagiário com sentido de humor e o chefe de marketing uma grande besta que nem olhou para o documento que assinou...
- O nome reflecte a qualidade do produto e nesse caso é melhor ficar afastado dele...
- Os gajos são uns visionários e inventaram o conceito de preservativo familiar, no sentido em que é deixado em casa num local acessível a todos, para que pais, avós e filhos possam ter sempre um (ou mais consoante a idade e vontade) disponível sempre que necessário... já estou mesmo a ver o filho a sair de casa e a dirigir-se ao armário dos "doces" para ir "seguro" para a noite e descobrir que a "mana" já levou os sabores que ele mais gosta (se bem que é duvidoso o gajo "gostar" mais de um pêssego do que de morango, mas isso são contas de outro rosário) e desatar a fazer queixinhas à mãe ou ao papá...
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