Brindes que agradam a todos

Não, o estaminé (aka Blog do Forneiro), que a meu ver agora dever-se-ia chamar Blog Dos Forneiros (olha a crítica), não está a oferecer canetas, porta-chaves, isqueiros, bonés, nem qualquer tipo de brinde aos leitores (olha que bela ideia). Mas meus amigos, tenho-me vindo a aperceber de algo que realmente me inquieta. E perguntam vocês, na vossa inocente ignorância: -Mas o que é que te apoquenta meu rapaz? Ao que eu respondo: -Certas e determinadas coisas. Esclarecidos? Óptimo.

Bem, prosseguindo, o que me inquieta é a reacção das pessoas a tudo o que se trata de ser grátis, de ser oferecido por alguém (entidade ou empresa) às pessoas. Como estamos em altura de campanha eleitoral, vou utilizá-la como exemplo.

Ora bem, deixo aqui como ponto prévio a seguinte ideia: Ninguém recusa algo que seja oferecido sem que tenhamos de retribuir. NINGUÉM. O caro leitor pode estar a pensar: -Ná, isso comigo não é bem assim, blá blá blá... Mas é.

Retornando à questão dos partidos e da campanha eleitoral, qualquer pessoa a quem ofereçam um boné a dizer PSD, ou PS, ou CDS-PP, ou o que quer que seja, assim que é vista com isso é logo interrogada sobre onde foi arranjar tal relíquia. Mesmo que as pessoas depois não usem! Isso não interessa para nada, o que interessa é que estão a dar coisas à borla e é para aproveitar, mesmo que sejam quinquilharias, ou paneleirices, como vos aprouver apelidar. Para vos provar esta simples ideia, vou referir um exemplo de algo que eu acho estranho, para não dizer bizarro, que se ofereça. Nas últimas eleições autárquicas o PSD oferecia aventais de plástico. AVENTAIS DE PLÁSTICO.
Ora bem, aquilo não servia para nada, pois o material em que é feito era o mesmo dos cartazes que andavam espalhados pelas ruas. Mas as pessoas, na sua maioria as senhoras idosas, lutavam por um simples avental! Que nunca viriam a usar, pois aquilo não deve dar jeito nenhum, fica tudo gordurento e molhado, e com exposição a temperaturas mais elevadas corriam o risco de derreter, mas enfim. Mas mesmo assim todas queriam ter um avental.
Os restantes brindes, salvo raras excepções, são habitualmente de fraca qualidade. As canetas, os lápis, os bonés... Mas mesmo assim as pessoas querem-nos! Eu próprio sou assim, admito.
Mas porquê? Porque é que sentimos esta necessidade? -É de graça? Estou lá!
-Mas repare que são supositórios
-Não interessa, são de borla e por isso quero-os.

Percebem onde quero chegar?